Ultimamente a mídia e a rede globo nem tocam mais no assunto “reforma administrativa”, atualmente eles estão preocupados com a eleições, que vai acontecer daqui quase um ano e estão debatendo isso…

A preocupação da mídia é se Sérgio Moro encosta ou não encosta no Lula, e estar comentando sobre eleições agora é que já não se tem mais nenhuma perspectiva com Bolsonaro e Guedes e querem trocar na próxima, e apostar as fichas no Moro.

Mas porque estou falando disso? Porque é um sinal evidente de que as reformas não vão mais pra frente, não com esse governo que aí está, e muito provavelmente a votação da PEC 32 vai ficar mesmo para 2023, a classe média vai apostar tudo o que tem em Sérgio Moro, e vai tentar de todas as formas elegerem deputados de direita para votar a favor do fim do funcionalismo público e acabar de vez com o Brasil.

A última notícia que se tem da reforma administrativa é de que O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) admitiu que há “resistência” dentro do Congresso em relação à reforma administrativa, e que o motivo é a proximidade das eleições de 2022. Em outras palavras, até mesmo o congresso está com receio de votar isso, na verdade o congresso é a favor do fim dos concursos públicos, em 2022 é necessário votar nos deputados que são contra a reforma administrativa.

Além da reforma administrativa estão com dificuldades na reforma tributária e, também, a do imposto de renda.

Os deputados estão com medo porque não querem perder a “mamadeira”, um deputado federal custa ao Estado Brasileiro muito dinheiro, e se juntar todo mundo que está lá em Brasília é dinheiro que não acaba mais, porém vamos no concentrar no deputado federal, vamos aos dados:

Salário Base: R$ 33.763,00

1) Auxílio-moradia e imóvel funcional: A Câmara dos Deputados possui 432 imóveis funcionais sob sua administração, concedidos aos deputados federais em efetivo exercício do mandato e a partir de alguns critérios pré-definidos, como idade e quantidade de moradores.

2) Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap): É um valor destinado para cobrir despesas relativas ao exercício do mandato, como passagens aéreas, serviços postais, manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, hospedagem, combustível, contratação de serviços de segurança e consultoria, entre outros.

3) Verba destinada à contratação de pessoal: É um valor de R$ 106.866,59 mensais, destinados à contratação de até 25 secretários parlamentares, cuja lotação pode ser no gabinete ou no estado de origem do deputado.

4) Despesas com saúde: direito a ressarcimento integral de todas as despesas hospitalares relativas a internação em qualquer hospital do país, caso não seja possível atendimento no serviço médico da Câmara.

Somados, o salário e os benefícios de cada deputado chegam a aproximadamente R$ 168,6 mil por mês.

Vamos arredondar essa história toda para 170 mil reais por mês, você acha mesmo que o deputado vai querer perder essa mamata? (como diria Rubinho Nunes) Eu duvido muito que eles vão votar a favor da reforma administrativa e perder um monte de votos com funcionários públicos, mais uma parcela da população que entende que a reforma administrativa atinge direto os serviços públicos, ou seja, os próprios pobres vão ficar sem atendimento. Impossível! Nenhum deputado vai ser louco o bastante para isso, a não ser aqueles que já fizeram o grande pé de meia, que estão ali, 12, 16, 20 anos papando seu 170 mil por mês, mais férias, 13º, 14º e 15º salário.

Essa realidade reflete na pesquisa das intenções de voto na reforma, vamos analisar:

O número de quem vai votar contra a reforma, no momento, é maior de quem vota a favor do fim dos concursos públicos. É evidente o medo dos deputados por causa da eleição 2022. Esse medo só aumenta com a proximidade das eleições, no dia 12 de outubro o blog Colabora Concursos fez uma matéria parecida e trouxe dados dos votos dos parlamentares, na época, 251 eram favoráveis, agora são 229, veja bem, uma perda de 22 votos por parte do governo, para quem precisa de 308 “a coisa está feia..”. Para acessa a matéria, em questão, segue o link:

Por ora estamos livres do pesadelo do fim dos concursos públicos, muito provavelmente essa reforma administrativa nem vai para votação em 2022, e arrisco dizer que será engavetada em 2023.

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