Esta postagem é para relembrar os velhos tempos em que eu escrevia pura e simplesmente por gostar de escrever, eu não ganhava 1 centavo se quer com isso, eu escrevia por amor, era um blog chamado “Crônicas de Rogério Souza”, eu nem usava o nome mais famoso “Rogério Ferreira” e escrevia sobre o meu dia a dia, como eram as coisas na periferia e o que eu sentia em relação ao que acontecia a meu redor, era tudo muito cheio de sentimentos, era quase uma confissão de adolescente, e dava minha opinião a respeito da realidade, era na quadra de futebol, era no ônibus, às vezes no trabalho, mas tudo do meu jeito de ser, sinceramente eu nunca pensei que chegasse a de fato ser lido ou ouvido por mais de 10 pessoas, e era mais ou menos o número das pessoas que me liam diariamente.

Nesse natal que passou eu pensei muito em mim, lembrei do blog, como eu passei os últimos natais, sempre bebendo pra comemorar, primeiro comia algo e depois bebia até cair, literalmente, era assim um natal de um ser, que até então, era um “sem eira nem beira”, para quem tem curiosidade vamos entender o que é a expressão “sem eira nem beira”

“A palavra eira vem do latim “área”, significando um espaço de terra batida, lajeada ou cimentada, próximo às casas, nas aldeias portuguesas, onde se malhavam, trilhavam, limpavam e secavam cereais. Depois da colheita, os cereais ficavam ao ar livre e ao sol, a fim de serem preparados para a alimentação ou para serem armazenados.

Quem possuísse uma eira era proprietário e produtor, com terras, casa e bens. Quer dizer que tinha riqueza, poder e status social, explica o professor de Língua Portuguesa Ari Riboldi.

Já a beira é a aba da casa, aquela extensão do telhado que serve para proteger da chuva. “Quem não tem eira nem beira não é dono de terra nem de casa. Nos tempos atuais, é um sem-teto, um sem-terra. Diz-se de quem vive miseravelmente, na extrema pobreza”, esclarece Riboldi.”

Bom, eu não cheguei a ser um sem teto, mas provavelmente sem futuro sim, não estudava, não queria saber muito de concursos, quando me inscrevia num concurso público era sempre pra arriscar algo, eu vivia em bebedeiras nos finais de semana, e assim durante muito tempo fiquei e no natal não era diferente.

Essa minha mudança de hábitos veio após eu entrar na univesp e começar a estudar Pedagogia, até hoje me perguntam “mas porque pedagogia, porque não medicina, engenharia ou direito que dá dinheiro?” eu sempre respondo que foi o curso que eu consegui gratuitamente, muitas pessoas me veem falando que curso pedagogia como se eu pudesse escolher qualquer curso, ou se como eu pudesse passar em qualquer vestibular, talvez eu consiga mesmo passar nos vestibulares TOP de linha, entretanto isso exige muito esforço, a aprovação em concursos públicos e vestibulares dependem de força de vontade, dedicação aos estudos e principalmente disciplina, essas aprovações não tem nada a ver com inteligência, o Jobs sempre foi muito mais inteligente que Gates, porém o Gates é o esforçado e teve mais sucesso financeiro que Jobs, entretanto é inegável a genialidade do Steve Jobs. Bill Gates é um exemplo clássico de que realmente a disciplina e a força de vontade trazem sucesso para a vida, mesmo a pessoa não sendo tão inteligente. Sim, os Nerds acabam vencendo de uma forma ou de outra, eu diria que os Nerds vão dominar o mundo, Mark Zuckerberg não me deixa mentir…

Entrei na Univesp em 2018, o natal de 2018 bebi moderadamente, natal de 2019 bebi muito pouco, e no natal de 2020 não bebi nada, e também, 2020 tem a questão da pandemia. Essa relação minha com a bebida vem mudando principalmente de 2019 para cá, eu passei a pensar nela como uma grande vilã na vida dos homens, atualmente eu vejo a bebida como uma forma de enriquecer os que já são poderosos e punir os pobres.

Na escravidão, no Brasil, os senhores de engenho davam cachaça para seus escravos para eles se animarem e trabalhar mais. Com o fim da escravidão os poderosos jogaram os negros na rua sem roupa, sem dinheiro e sem nada e lhes negava emprego, ficava dando bebida alcóolicas para os negros “pararem de encher o saco” isso na concepção dos poderosos, e claro, como maneira do negro morrer mais rápido, e foi assim durante muitos anos, a bebida sendo usava como ferramenta de envenenamento dos negros e pobres.

A partir do momento que fui ganhando mais conhecimento das coisas como elas são, comecei a me indignar, minha próxima licenciatura já está definida, será história, tenho muita curiosidade no passado para entender o presente, e através desse conhecimento fazer a mudança ao menos no meu espaço de convívio, e também na minha rede de internet, que teve declínio em 2020, mas prosperará em 2021.

E de pensar nisso que fizeram com os escravos e com os pobres, e de pensar que esse negócio de cachaça barata é só pra poder me envenenar, passei a ter raiva da bebida alcóolica, e ainda mais nesse natal de 2020, eu repudiei literalmente.

Todo vez que quero gravar algum vídeo e tem som alto na vizinhança, ou nos carros, ou nas motos sem escapamento ali está a bebida alcóolica inserida, e muitas vezes ela vem acompanhada de outras drogas chamadas ilícitas, pois é considerada, atualmente, droga licita, a cachaça com teor alcoólico de 38, 40, 42% o que tira totalmente o raciocínio correto do homem ou da mulher, e acho até que o imposto cobrado para venderem as bebidas em mercados, restaurantes e bares é muito pouco, se um dia eu virar deputado, minha ira é tão grande que vou aumentar isso, a cerveja vai custar 30 reais e a cachaça 10 a dose. Já para estimular as pessoas a não comprarem, assim como o cigarro, Carlton 11 reais ta barato ainda, tem que ser 35, 40 reais…

Mas eu ainda estou em processo de mudança de habito, eu ainda não posso lhe dizer que nunca mais vou beber na vida, que talvez não seja verdade ainda, mas está bem próximo de virar realidade, eu fiquei 2020 inteiro abstêmio, e embora a baixa de inscrições no canal Youtube em relação a 2019, eu cresci profissionalmente e socialmente também, tenho um blog que é acessado, eu até tenho uma escritora que é remunerada aqui, ou seja, de certa forma estou gerando renda para terceiros “não posso falar que é um emprego, mas é um começo”, minha retórica está ficando melhor, estou conseguindo participar de Lives importantes com políticos conhecidos e estou conseguindo falar com mais calma, tudo isso é evolução, o que certamente não aconteceria se eu continuasse bebendo aos finais de semana, pois a bebida alcoólica, além de matar mais cedo gera bloqueios na sua mente, e às vezes são bloqueios bobos. E algumas pessoas procuram driblar esses bloqueios através da bebida, mas isso não é evolução é verniz, tirou a bebida do organismo retrocede ao que era antes de beber, portanto o melhor é não ter bebida alcóolica no meio de nada.

É isso, sei que ficou um textão, mas eu precisava compartilhar dessa ideia, dessa minha evolução e compartilhar contigo minha felicidade, minha reflexão, e espero instigá-lo ou instigá-la a refletir sobre a grande desvantagem em beber e gastar muito dinheiro com isso.

Deixe uma resposta